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Real tem maior desvalorização de 2024 e pior desempenho desde 2020, mostra análise

Close-up image of a one real (R$) bank note, Brazil’s official currency, in Rio de Janeiro January 13. Brazil plunged into economic crisis when it devalued its inflation-busting real currency by nearly eight percent and the president of the Central Bank announced his resignation. The move sent international markets into turmoil and buffeted the dollar as the world feared the world’s eighth largest economy might be unable to prevent a Russia-style, full-blown devaluation that could hurt growth around the planet. Cardoso hurried back from a beach holiday to announce that the move was only a “technical modification.
GN/SV/JDP – RP1DRIKXDJAA

 

O câmbio brasileiro enfrentou um ano de volatilidade e encerrou 2024 com uma desvalorização de 21,82% ante o dólar Ptax, taxa de referência para contratos denominados em real em bolsas de mercadorias no exterior.

O desempenho coloca o real como a moeda mais desvalorizada entre 27 economias analisadas pela consultoria Elos Ayta.

O resultado foi o pior para a divisa brasileira desde 2020 e a terceira maior desvalorização em termos nominais desde 2010. Completam o pódio os anos de 2015, durante o segundo mandato da então presidente Dilma Rousseff (-31,98%), e 2020, ápice da pandemia de Covid-19 (-22,44%).

“O desempenho do real em 2024 ilustra os desafios enfrentados pelo Brasil em um cenário global adverso e diante de incertezas domésticas. A análise das flutuações cambiais ao longo dos últimos 15 anos destaca a volatilidade inerente à economia brasileira e reforça a importância de medidas consistentes para garantir estabilidade e previsibilidade aos agentes econômicos”, avalia Einar Riverno, analista da Elos Ayta.

Outras moedas emergentes também performaram mal. Destaca-se o peso que os desdobramentos das eleições nos Estados Unidos tiveram sob o mercado de câmbio global.

Com a vitória de Donald Trump, a expectativa é de que o republicano promova políticas protecionistas que tendem a fortalecer a economia norte-americana, a inflação do país e, consequentemente, o dólar no mundo.

Porém, além dos fatores externos, destacam-se elementos domésticos por trás da desvalorização acentuada do real no ano.

“Internamente, o pacote fiscal anunciado pelo governo no final de 2024 gerou preocupações entre investidores, provocando um êxodo de capitais e aumentando a pressão sobre a moeda brasileira”, afirma Rivero.

“Para 2025, a recuperação do real dependerá de uma combinação de fatores. Reformas estruturais capazes de atrair investimentos, aliados a um ambiente externo mais favorável, poderão reduzir a pressão cambial. No entanto, é fundamental que o governo sinalize compromisso com a disciplina fiscal e apresente medidas concretas para conter a inflação e promover o crescimento sustentável”, conclui.

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